sábado, 5 de junho de 2010

Teste clínico para diagnóstico de autismo?

Navegando pela internet ontem, me deparei com uma notícia interessante: cientistas britânicos desenvolveram um teste clínico, um exame de urina, com o qual, segundo eles, é possível diagnosticarem o autismo.

A notícia foi publicada no jornal britânico Daily Telegraph (link para a notícia completa aqui) e,  posteriormente, a apresentei também no site redepsi (link para a notícia).

Segue a notícia como publicada no redepsi:

De acordo com o jornal britânico Daily Telegraph, cientistas do Imperial College London descobriram um método clínico eficaz para o diagnóstico do autismo. Conforme explica a reportagem, com o novo método a síndrome pode ser identificada já aos 6 meses de vida da criança, o que permite um tratamento precoce e, por consequência, maiores chances de serem evitados danos sociais e cognitivos permanentes.

O diagnóstico, antes apenas observacional, agora pode ser feito através de um simples exame de urina. Crianças portadoras do transtorno de espectro autista possuem uma bactéria incomum no instestino, explica Jeremy Nicholson, autor do estudo, e ela pode ser identificada antes que os sintomas da síndrome se manifestem.

O pesquisador ainda vai mais longe: afirma que, deste modo, o autismo pode se tornar um trasntorno evitável.

Conforme explica o jornal, as causas do autismo continuam sendo um mistério, mas com o diagnóstico precoce, aumentam e muito as possibilidades de uma intervenção eficaz.

O teste é bem barato, custa o equivalente a pouco mais de 13 reais (6 euros) e pode ser realizado por qualquer pessoa.

Participaram da pesquisa crianças entre 3 e 9 anos de idade. Dentre estas, 39 possuiam o diagnóstico de autismo; 28 não possuiam este diagnóstico, mas tinham um irmão ou irmã diagnosticados; e 34, além de não possuírem o diagnóstico, não possuiam também nenhum parente de primeiro grau portador da síndrome.

Os resultados demonstraram que cada um destes grupos possui características intestinais químicas diferentes. Crianças não autistas com traços autistas tinham uma característica quimica diferente daquelas sem nenhum traço de autista, e crianças autistas tinham uma característica química diferente dos outros 2 grupos.

A porta voz da National Autistic Society diz que estes estudos são interessantes, mas que devem ser aplicados em uma escala muito maior para que se possa dizer que esta é uma característica de todos os portadores da síndrome; prentensão esta, que os pesquisadores já alegam ter.
Não conseguí encontrar o link para o estudo original, embora tenha procurado bastante. Caso alguém o tenha, por favor me envie por e-mail. Me interessei em saber mais a respeito dessa pesquisa. 

Talvez o teste venha a ser uma ferramenta importante no diagnóstico, mas não acredito que venha a ser o único critério. Como discute a representante da National Autistic Society, não se pode dizer ainda que apenas crianças portadoras do transtorno de espectro autista possuem esta bactéria no intestino, embora pelo menos no estudo, aparentemente apenas elas a tenham apresentado. 

2 comentários:

Leida Maciel disse...

Que interessante essa pesquisa!!! Fiquei super curiosa para saber maiores detalhes também!
Vou pesquisar a respeito, se achar algo aviso.

Leida Maciel disse...

Que interessante essa pesquisa!!! Fiquei super curiosa para saber maiores detalhes também!
Vou pesquisar a respeito, se achar algo aviso.